Recentemente, Montreal, no Canadá, aprovou uma nova lei para banir cães da raça Pit Bull. Esta medida representa apenas mais um capítulo na longa história da eliminação gradual de raças poderosas de cães.

A Proibição de Pit Bulls em Diversos Países

Atualmente, uma lista significativa de países proíbe completamente os Pit Bulls ou impõe severas restrições à sua adoção, comércio e convivência em sociedade. A seguir, alguns desses países:

1. Argentina

2. Partes da Austrália

3. Partes da Áustria

4. Bavária

5. Belarus

6. Partes da Bélgica

7. Bermuda

8. Partes do Brasil (Lei nº 3205, de 09 de abril de 1999)

9. Partes da China

10. Partes do Canadá

11. Dinamarca

12. Equador

13. Finlândia

14. França

15. Alemanha (banidos em 15 das 16 províncias)

16. Guiana

17. Irlanda

18. Israel

19. Itália

20. Partes do Japão

21. Letônia

22. Liechtenstein

23. Malásia

24. Malta

25. Nova Zelândia (inclui outras raças similares)

26. Noruega

27. Polônia

28. Portugal

29. Porto Rico

30. Romênia

31. Rússia

32. Singapura

33. Espanha

34. Suíça

35. Turquia

36. Emirados Árabes

37. Ucrânia

38. Inglaterra

39. Venezuela

Com exceção do Canadá e dos Estados Unidos, nenhum país permite a importação de cães da raça Pit Bull.

A Necessidade de Educação e Orientação

Conforme a lista de países que restringem Pit Bulls cresce, é crucial que a sociedade seja esclarecida sobre a convivência com cães de todas as raças. O aumento no número de acidentes envolvendo cães é, muitas vezes, resultado da negação das necessidades básicas dos cães por parte dos humanos. Tratamos cães como crianças, sem regras, rotina ou propósito, esquecendo sua verdadeira natureza como espécie.

Todos os cães, independentemente da raça, necessitam de instrução, orientação e regras, bem como de humanos conscientes que saibam como lidar com eles. Relações extremistas, baseadas apenas em amor e liberdade ou em violência e confinamento, geram problemas de comportamento que frequentemente resultam em acidentes, às vezes fatais.

Debate e Soluções

No campo profissional, há debates intensos sobre o uso de ferramentas de treinamento, métodos positivos versus aversivos, e sobre quem está certo ou errado. Enquanto isso, cães continuam morrendo diariamente devido à nossa incapacidade de chegar a um consenso que realmente beneficie esses animais.

Meu apelo é dirigido a todos que amam esses animais e desejam fazer a diferença: estudem, pratiquem, informem-se, eduquem-se e, o mais importante, compartilhem seu conhecimento. A melhor forma de ajudar os cães e superar essas barreiras é criar comunidades esclarecidas, onde as pessoas saibam como conviver com cães, lidar com eles e educar seus filhos a fazer o mesmo.

Contribuindo para um Futuro Melhor

Todos nós temos a capacidade de fazer mais e melhor pelos nossos cães. Podemos ajudar nossas comunidades a entender que cães, sejam de raças poderosas ou não, são animais que precisam aprender a viver conosco, compreender situações domésticas e sociais, com nossa orientação e liderança.

Quanto mais informações valiosas forem compartilhadas, maiores serão as chances desses cães sobreviverem. Banir raças é simplesmente uma forma de negar nossa própria inaptidão e incapacidade de manejar cães de maneira adequada. Em vez de assumir nossos erros, sacrificamos cães que poderiam ser grandes companheiros.

Refletir sobre isso é crucial, pois muitos desses cães ainda têm uma chance. Se cada um de nós fizer sua parte de forma construtiva, podemos mudar o mundo e salvar vidas.