Insegurança em Cães.

Vamos analisar o que é a insegurança em cães, como ela se apresenta no comportamento doméstico e social no contexto urbano, e discutir hábitos e rotinas que podem ajudar seu cão a superar esses obstáculos.

Cães Inseguros:

Infelizmente, é comum vermos cães inseguros, mas ainda há muitas dúvidas sobre como diagnosticar esse sintoma. A insegurança é um elemento perigoso no comportamento de um cão e, se não for trabalhada, pode levar a sérias consequências a longo prazo.

Muitas vezes, vemos cães inseguros com pena e nossa reação natural é acolhê-los nos momentos de medo. No entanto, ao fazer isso, estamos nutrindo a própria insegurança do cão e sua incapacidade de lidar com o desconhecido.

A insegurança não é um comportamento natural, mas um sintoma de associações feitas de maneira incorreta e sem orientação adequada. Vamos ver alguns dos sintomas mais comuns e entender por que eles se manifestam.

Sintomas de Insegurança nos Cães:

  • Dificuldade em lidar com cenários sociais comuns: visitas ao veterinário, banho e tosa, ou parques com muitas pessoas e cães. Normalmente, o cão se retrai, treme e choraminga constantemente.

  • Necessidade de se esconder: cães que estão sempre buscando cantos da casa ou vão para baixo dos móveis para não interagir.

  • Retração diante da aproximação de pessoas ou outros cães.

  • Linguagem corporal evidente: rabo baixo ou entre as pernas, orelhas para baixo, olhos bem abertos e dorso curvado.

  • Dependência extrema dos donos.

  • Reação exagerada ao toque: gritos e fuga.

Todos esses sintomas estão diretamente ligados a situações em que o cão não foi exposto de maneira correta e, quando reagiu, o dono acolheu, sem saber que estava nutrindo a insegurança do cão.

Como Lidar com Esses Sintomas:

Separe seu lado emocional e entre no modo orientador. Seu papel agora é reconstruir associações e remover as reações negativas do seu cão.

  • Comece em casa: evite pegar seu cão no colo e falar com ele o tempo todo. Deixe que ele perceba que sua postura mudou.

  • Revise seus hábitos domésticos: o cão deve ter o espaço dele e não dividir a cama com você. O ritual da alimentação deve ser iniciado, supervisionado e finalizado por você. Evite pegar o cão no colo quando houver visitas e peça que elas o ignorem completamente. Defina como serão as caminhadas.

  • Fracione os cenários de insegurança: comece a revisitar esses lugares (em dias que ele não tenha consulta ou banho e tosa) com uma nova postura. Leve seu cão na guia, caminhando ao seu lado de forma tranquila. Ao entrar no lugar, dê um passo de cada vez, sempre respirando sem falar.

  • Reação à insegurança: quando seu cão demonstrar sinais de insegurança, não fale, não toque e nem faça contato visual. Apenas segure a guia e respire. Use sua linguagem corporal para mostrar que ele precisa relaxar.

  • Reforço positivo: só dê afeto ao seu cão quando ele realmente estiver calmo e relaxado. Se houver qualquer sinal de insegurança, não toque nele.

Lidar com sintomas de insegurança pode ser muito mais difícil para o dono do que para o cão. Nós, como seres emotivos, temos muitas reservas em situações de fragilidade, mas, se não enfrentamos essa barreira, não podemos liderar nossos cães para uma vida mais tranquila.

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