Quando a coleira eletrônica (e-collar) transforma a vida de um cão: um caso real.
/Enquanto o debate sobre o uso da coleira eletrônica no treinamento de cães segue, casos reais acontecem, todos os dias, aonde os resultados positivos falam por si só. Os casos de sucesso são diversos e temos exemplos em relatos reais de pessoas que podem atestar pelos excelentes resultados. É maravilhoso ver famílias superando desafios com seus cães!
Desde que comecei a trabalhar com a e-collar e a prong collar tive a oportunidade de ajudar muita gente. Essas são pessoas dedicadas à seus cães, pessoas que querem o melhor para eles, mas não encontravam uma forma efetiva de materializar resultados. Eu vejo constantemente as dúvidas que as pessoas tem em relação à como lidar com problemas de comportamento dos cães, o que fazer, como intervir e como superar desafios grandes como reatividade, possessividade, ansiedade e latidos excessivos.
Todas essas pessoas, em algum momento, procuraram ajuda. Infelizmente muitas delas não encontraram uma solução real porque boa parte do discurso repetido por muitos profissionais não envolve o uso desses equipamentos. Essas pessoas foram privadas da alternativa, que provavelmente, seria a mais recomendada, e que traria resultados mais eficazes em menor tempo.
Hoje eu compartilho com vocês um email que recebi de uma pessoa muito querida, que nunca me conheceu pessoalmente, mas que me encontrou através dos meus vídeos no Youtube. Vou deixar que o relato dela fale mais alto e mostre para todos vocês como o uso desses equipamentos, de fato, pode salvar vidas.
Raquel boa noite! Tudo bem? Te escrevo para agradecer todo o conhecimento que disponibiliza gratuitamente. Graças a você tive plena certeza que a vida de nossa família só tende a ser mais feliz!
Vou fazer um breve relato para que você entenda melhor... Ano passado te mandei uma pergunta sobre treinamento para akitas. Você fez um vídeo para me responder, lembra? Pois é, na época a Teiko estava conosco há apenas 2 ou 3 meses, mas quando a pegamos no canil ela já tinha 6 meses. Nunca tínhamos tido cachorros, mas como sabíamos que a raça não tinha um temperando fácil começamos a pesquisar (tudo bem que foi depois de ela ter vindo, mas...). Falei a respeito das galinhas, da falta de contato visual, depois sobre a malcriação na hora da comida... Não falei do estrago nos colchões porque já sabia qual era o erro e a solução...rs
Pois bem, 1 ano e 4 meses se passaram desde que a Teiko veio pra casa com seus 6 meses... fizemos o que podíamos de acordo com os nossos recursos, mas ainda faltava muita coisa... reatividade com pessoas (imagina ficar num canil no meio do mato até os 6 meses e depois vir morar numa chácara e sair esporadicamente, só podia dar nisso!), vontade de pegar as galinhas (uma infelizmente morreu, a pequena Margô), obedecer o comando vem... enfim, coisas importantes ainda estavam sem resolução! Mas em maio tudo mudou! Conseguimos comprar a e-collar e a prong collar. Acho que foram umas das melhores aquisições da minha vida! rsrs
Estamos fazendo as caminhadas com esses equipamentos agora, treino na frente de uma escolinha, de um bar e um posto de saúde que ficam no final da estrada onde moro! É muito gratificante ver a mudança. Antes ela passava desesperada por esses lugares e agora faço um treino que ela deve sentar e ficar na calçada da escolinha enquanto eu me movimento a uma certa distância (como um place) e ela fica! Ela já aprendeu que deve ignorar as galinhas e hoje foi um dia muito feliz para mim porque pude deixá-la comigo enquanto eu consertava a cerca. Obviamente que por precaução a deixei com a guia amarrada em uma árvore, mas o comportamento está completamente diferente. As galinhas passavam perto dela e ela só olhava, sem levantar orelha, sem se animar. Quando eu percebia que ficava tempo demais olhando dava um estímulo e ela olhava para mim ou para outro lado. No fim da tarde, depois de ter guardado as galinhas e o carneiro (comentei sobre ele com você uma vez) fui dar uma volta pela chácara.... ainda estava claro e resolvi soltar a guia para ver qual seria seu comportamento... antes da e-collar isso era impensável, sabíamos que ela sairia correndo para o meio do mato, entraria no brejo, no córrego, enfim, um cenário desastroso! Pois bem... ela ficou toda feliz, mas continuou me seguindo, ia explorar o mato, mas não saia de perto, quando de repente saiu correndo para o meio do brejo!
Chamei, dei um estímulo fraco e nada.. fui aumentando, nada! Fui pro 70! Ela deu um gritinho e apareceu correndo na minha direção toda suja de lama! rsrs
Continuamos, chegamos ao gramado, ela correu, brincou e saiu do meu campo de visão... chamei e nada... no 18 ela apareceu! rs
Voltamos para o fundo do terreno, mas dessa vez ela não se interessou em entrar no brejo, pq será? rs
Por fim gostaria de agradecer imensamente a você. Estávamos chateados porque achávamos que a Teiko nunca teria liberdade de andar conosco pela chácara, nos acompanhar nas nossas tarefas porque era impossível se concentrar em alguma coisa sabendo que ela poderia pegar uma galinha ou escapar da guia. Com certeza agora ela tem um pouco mais de liberdade e acredito que ainda terá muito mais. Devemos isso a você, estamos muito felizes por conseguir inserir a Teiko nas nossas atividades diárias, principalmente porque ela se automutila e não pode ficar sem supervisão, mas essa é uma outra história....
Que você tenha muito sucesso e seu caminho seja sempre cheio de paz e luz!
Bjo e boa noite!
**DESCULPE O TEXTÃO!
Cada vez que recebo mensagens como essa vejo o quanto é importante educar pessoas. Como é bacana ver que quando as pessoas tem alternativas elas podem fazer suas escolhas e superar seus desafios.
É muito fácil estar de fora, vendo todo esse debate sobre o uso desses equipamentos, e dizer que eles não são necessários. É fácil dizer que tudo pode ser feito de uma maneira diferente. É fácil dizer que basta apenas usar recompensas. É fácil dizer que quem usa esses equipamentos tem “preguiça” de treinar.
Difícil é se colocar no lugar do outro. Difícil é entender as limitações e características de cada caso. Difícil é falar a palavra correção. Difícil é dar soluções, diretas e objetivas, que funcionam para aquela situação.
Minha mensagem de hoje é simples: que todos nós profissionais possamos empoderar pessoas. Que cada um de nós deixe o medo e a insegurança de lado e passe a ter um diálogo honesto com quem nos pede ajuda. Que o medo do julgamento seja menor que a vontade de salvar cães, e que nossa missão de trabalho seja transparente, real e humana, em qualquer cenário, em qualquer situação.
E-Collar e Prong Collar não são os “vilões” que podem fazer você perder clientes e acabar com sua reputação, mas ausência de resultados, no mundo real, com certeza será a sua absoluta condenação. Vale a reflexão.
